Doenças Crônicas podem ser agravadas em casos de gripe e pneumonia
As pessoas que apresentam comprometimento das funções do coração, do pulmão, do fígado e as diabéticas, por exemplo, pertencem ao grupo com maior risco de adoecer e sofrer complicações graves decorrentes da gripe e da pneumonia. Essas complicações podem levar à internação e até mesmo à morte.
Se a vacinação é uma grande aliada da saúde, de um modo geral, para os portadores das chamadas doenças crônicas ela se faz ainda mais necessária.
ENTENDA OS DETALHES
A doença crônica (de base) tende a deixar o organismo debilitado e mais suscetível a infecções;
As infecções respiratórias, além de provocarem sintomas como febre, falta de ar, prostração podem levar a descompensação da doença de base.
Esse conjunto de fatores aumenta o risco de complicações, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave com insuficiência respiratória e alto risco de internação em UTI e óbito.
As infecções pelo vírus influenza e pelo pneumococos são importantes causas desse quadro e podem ser evitadas pela vacinação.
FATOS
Anualmente, cerca de 60 a 80 % dos óbitos por influenza no Brasil ocorrem no grupo de risco que além de crianças menores de 6 anos, pessoas com mais de 60 e gestantes, incluem os portadores de doença crônica. Desses, destacam-se os pneumopatias, cardiopatas e pessoas com diabetes, que juntos representam cerca de 75% das mortes no país.
Em crianças entre 2 e 15 anos, a presença de fatores de risco (doença respiratória, cardíaca, renal, hepática ou diabetes) aumenta o risco de hospitalização por doença pneumocócica invasiva (DIP), inclusive pneumonia grave em pelo menos 12 vezes em relação à população em geral e o óbito é 2,5 vezes mais comum.
Não só em crianças, mas em todas as idades, doenças crônicas são porta de entrada para a doença pneumocócica invasiva (meningite, sepse e artrite e até pneumonia grave). Pacientes com doenças do coração, por exemplo, estão 10 vezes mais expostos do que um adulto saudável.
Doença | Nº de casos a cada 100 mil pessoas | Aumento de chances de contrair uma DIP |
---|---|---|
Adulto saudável | 9 | 0 |
Diabetes | 51 | 5.8 |
DPOC | 63 | 7.1 |
Cardiopatia crônica | 94 | 10.6 |
Alcoolismo | 100 | 11.3 |
Câncer | 300 | 34.1 |
HIV/AIDS | 423 | 48.1 |
Câncer hematológico | 503 | 57.1 |
Além das pessoas com doenças crônicas, as complicações também são comuns em bebês, crianças pequenas, gestantes e idosos. Portanto, é importante que TODOS estejam com a vacinação em dia, tanto para a proteção pessoal quanto para evitar a transmissão a um desconhecido, um amigo, um familiar…
PROTEÇÃO CONTRA PNEUMONIA
Vacinas pneumocócicas conjugadas 10 e 13 valentes (VPC10 e VPC13) e vacina pneumocócica polissacarídica 23 valente (VPP23)
- Menores de 5 anos: esquema padrão de vacinação por faixa etária com VPC10 ou VPC13, conforme Calendário de Vacinação SBIm da Criança. A SBIm e a SBP recomendam o uso preferencial da VPC13 com o intuito de ampliar a proteção para os três sorotipos adicionais cuja incidência vem aumentando.
- Pessoas dos 6 aos 59 anos, com doenças crônicas ou outras situações médicas que justifiquem: uma dose de VPC13 e duas doses da VPP23 (a primeira, dois 2 meses após a VPC13. A segunda, cinco anos após a primeira).
- Maiores de 60 anos: vacinação de rotina, sendo uma dose de VPC13 e duas doses da VPP23 (a primeira, de dois a seis meses após a VPC13. A segunda, cinco anos após a primeira).
PROTEÇÃO CONTRA GRIPE
Vacinas influenza tri ou tetravalente
A primeira, protege de três tipos de vírus influenza e a segunda, de quatro. Todas as pessoas a partir de 6 meses de idade devem ser vacinadas, principalmente aquelas de maior risco para infecções respiratórias, que podem apresentar complicações e desenvolver a forma grave da doença. No primeiro ano em que são vacinadas, crianças entre 6 meses e 8 anos de idade devem receber duas doses com intervalo de um mês e uma dose nos anos subsequentes.
Consulte os calendários de vacinação da Sociedade Brasileira de Imunizações e converse com o seu médico sobre a prevenção.
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